domingo, 29 de outubro de 2017

Tua Água Aporta.

(“Ela Me Abriu a Porta”).

Não há água escapulida, chove em ti.
Nega-te à assorear, na enchente bebes.
Aninhas-me, tão embalado sonho-te já.
Minha natureza. Ficas em teu rio caudal.
Moro aí, enriquecido, em teu fluído.
Mangue à filtrar o orgânico, afinal.

Chuva instilada da margem te faz rio grande.
És água de beber, igual àquela, tu corres.
Desde a nascente, originas meu beber.
Existes apenas nascente, ao brotares?
À jusante tu és gota à gota. Instilas.
Água das margens à direita e à esquerda.

Liberas o fluir da chuva, pouco à pouco.
Tua exasperação. Vens de incorreção.
Teu renascer acontece em todo trajeto.
Mata ciliar, em tuas margens, água tem.
Esta liberas, na estiagem, só aos poucos.
Evaporas, e nas moradas do céu reténs.

rrr./.

Nenhum comentário:

Postar um comentário