Desde sua Rua... - versos.
A rua recebe o sol da manhã e,
desde cima do Morro do Itararé,
desperta mais tarde a gente, com sombra
projetada na casa de um menino,
não alongada pelos raios de luz,
quase verticais
pra vencer o seu cume.
Mário deixa de ser,
homônimo, em seu gênero, ao Maria
de suas irmãs ou de ancestral,
sem nunca ter sido, em obstada proposta,
por compulsão daquele a um jogo de azar.
À sombra de gozosa vontade de gestar,
jaz o inominado ensejo.
Natividade que alça gratidão da prole,
agora cessada ou não,
por sua varonil chegada,
sem saber o nome, decisão fica pro nascimento.
O Sol nasce todo dia e tem um nome,
já aquele menino está prestes a se esparramar no mundo,
alvo da busca.
Nasce e faz sombra sobre o gestar,
agora obstado, de outros conceptos.
Ele já está grande, ao pegar um triciclo,
que é de todos, quando o joga
contra uma pilha de tijolos ali,
empilhados para tal, sobre a calçada...
outra barreira intransponível.
Há bola compartilhada no jogo de rua,
lançada ao roseiral, do jardim,
que a devolve, em algoz decisão,
findo entusiasmo por chutes imprecisos.
O mar está entre morros, assim,
sem ondas oceânicas,
em aparente breve travessia, desmentida.
Numerosas braçadas,
só cavadas na água,
que impulsionam sua prancha de isopor.
No outro extremo da ilha há um esforço,
desmedido, de seus bíceps e tríceps,
no ataque à curva rumo a um mar aberto,
numa baleeira, contra a maré enchente.
O rabiscar de sua protagonista caneta traz,
na escrita, no coadjuvante papel
o seu nome: Menino.
Sua mão está firme,
seguida por ideia.
À direita é escrito o que a mente apenas copia.
Ponta da caneta só aponta.
Os olhos veem, ainda sem enxergar,
no momento, há ali onde ele trabalha,
um ventilador em, assemelhado ficar,
volteios, de sua grafia azul depositada,
no papel que a recebe há linhas de outro tom azul,
que contrasta com o vazio,
sobre branca nuvem no céu.
O Nome Do Menino - conto.
A rua recebe o sol da manhã e, desde cima do Morro do Itararé, desperta mais tarde a gente. Há sombra projetada na casa de um menino que, de tão próxima dali, não é alongada pelos raios de luz quase verticais pra vencer tamanho cume.
Mário deixa de ser, homônimo em seu gênero ao Maria de suas irmãs ou de ancestral, sem nunca ter sido, em obstada proposta, por compulsão daquele ao jogo de azar. À sombra de gozosa vontade de gestar, jaz inominada, a sua ensejada natividade que alavanca gratidão da prole ou não, agora cessada por sua varonil chegada.
- Qual o nome dado? Pergunta sua tia avó.
- Essa decisão fica pro nascimento. Responde seu pai.
O Sol nasce todo dia e tem um nome, já aquele menino é, prestes a se esparramar em seu mundo, alvo da busca do seu. Nasce e faz sombra sobre o gestar, agora obstado, de eventuais conceptos.
Ele já está grande, quando pega um triciclo que é de todos. Joga-o contra uma pilha de tijolos ali, sobre a calçada, empilhados para tal impacto. Outra barreira está, intransponível à bola por ele compartilhada no jogo de rua, contida em roseiral, da jardineira que a devolve, em algoz decisão, findo o entusiasmo por chutes imprecisos.
O mar está entre morros, assim protegido das ondas oceânicas, em aparente brevidade à travessia, desmentida por numerosas braçadas, cavadas na água, que impulsionam a prancha de isopor do menino. No outro extremo da ilha há esforço, desmedido de seus bíceps e tríceps, em ataque à curva rumo ao mar aberto, contra a maré enchente, na baleeira do clube de regatas.
O rabiscar de sua protagonista caneta traz, na escrita, o seu nome: Menino, no coadjuvante papel.
Sua mão está firme, seguida por sua ideia. À direita é escrito o que sua mente apenas copia. A ponta da caneta só aponta. Os olhos veem, ainda sem enxergar, o momento.
Há, ali onde ele trabalha, um ventilador em assemelhado ficar, com volteios, de sua grafia azul, depositada no papel que a recebe. Já as linhas são de outro tom azul, que contrasta com o vazio, sobre branca nuvem que se deixa descortinar, pra visão do céu.