quarta-feira, 26 de fevereiro de 2014

Caiçara em prosa e verso - marchinha, rapp e mantra.


O dia me é
boa manhã ensolarada
na praia hoje
com pequeno ao chão
tão pequeno fui
a memória praia
me acompanha, 

Iemanjá em meu mano,
ouvidos de Capistrano,
Arns como meu maná,
Bonifácio a me articular. 

O Poeta faz marisco,
uma ostra virá
pra com pérola poder
sertão virar mar. 

Eu poetizo e luto
pra comer marisco,
e pro clima não esquentar:
se preciso for matuto. 

...no baixar de cabeça
pequeno foco
concretude norte abstraída, 

Poetas como meus pés,
Zwarg sem viés,
tal Chico defendo floresta,
pra hoje fazer a festa. 

O Poeta faz marisco
uma ostra virar,
pra com pérola poder
sertão virar mar. 

Eu poetizo e luto
pra comer marisco,
e pro clima não esquentar:
se preciso for matuto. 

...intrépido poema
num querido convívio, 

O Chico Mendes é mantra:
de vegetação cobriu
solo mãe gentil,
poxa... , que Brasil! 

Iemanjá me ajude,
pra com riqueza cruzar,
e meu rumo mude:
pro horizonte mirar. 

Eu poetizo e luto
pra comer marisco,
e pro clima não esquentar:
se preciso for matuto. 

Como me atrai
contraste semente
praia útero
onde pequenos criam, 

A mãe Zilda Arns,
com a multimistura,
representa a ternura:
criança sem paura. 

De Iemanjá um arco
azul do manto,
a bom bordo barco
cubra o campo... 

Eu poetizo e luto
pra comer marisco,
e pro clima não esquentar:
se preciso for matuto. 

...sinto a força com pequeno aos braços
e na volta caminhante
do só trabalho
areia fofa e peso às costas, 

Desde Itanhaém, do Zwarg,
boa nota nos boletins:
afastou a nuclear
da Juréia-Itatins. 

Cisco no olho zangão
lacrimejará
pra fluir o mel
onde velejará... 

Eu poetizo e luto
pra comer marisco,
e pro clima não esquentar:
se preciso for matuto. 

...qual o que leveza sustentável
demarcada em pegadas
na maciez de suas areias
nuances vivenciam querer estímulo, 

Com o Capistrano Filho:
Casa Anchieta no trilho;
viu pai na cadeia velha e
mãe discursando matéria. 

O Poeta faz marisco,
uma ostra virá
pra com pérola poder
sertão virar mar. 

Eu poetizo e luto
pra comer marisco,
e pro clima não esquentar:
se preciso for matuto. 

...ator e cenário fundem
contemporâneo e passado
longe do anacronismo o amanhã, 

Já José Bonifácio
levou república ao palácio:
mesmo monarquista,
projetou democrata santista... 

O Poeta faz marisco
uma ostra virar,
pra com pérola poder
sertão virar mar. 

Eu poetizo e luto
pra comer marisco,
e pro clima não esquentar:
se preciso for matuto. 

...todavia me é bom anoitecer enluarado
mesmo só retorno
elas em mim virão memórias erguidas
enquanto olhar o ainda distante horizonte. 

   "As palavras faladas são a música adormecida' e 'as palavras escritas são a música congelada" - Marcelo Ariel.
   Ser "moleque" virou ato rebelde e heroico, onde cada vez mais estiver difícil ser criança, mas um simplismo seria um desserviço ao estigmatizar-se a vida adulta, todavia impúbere na consciência.
   O jogo de bola de rua, que ali acontecia por ser de areia, havia sido transferido à praia até agora, mas agora também é invadida por automóveis, após as 18h., o que provoca disfunção em espaço lúdico, no fechar noturno de seus Postos de Salvamento.
   Um "não lugar" estará reconquistado, tal e qual a rua simbolicamente "deixada" aos dejetos, em paradigma a ser mudado, nessa perspectiva.
   Não subestimar, um novo olhar, será resistir em esquinas por onde caminhemos, nesse despontar de defesa da concretude caiçara, porém em imaterial dimensão cultural, além de sua pesca, já saboreada por sensibilizados em alma cosmopolita.
   O evento laico desta proposta poderá acontecer em sinergia com coletivo ampliado - período pré carnavalesco, mas com conteúdo comunitário - respeito à diversidade cultural de cada poeta, em direção à arte caiçara.
   Fomenta aqui um diálogo, com o coletivo que impacte o ambiente e agrave a saúde e ator social que proponha um programa preventivo de respectivos agravos e impactos, num fórum permanente de prioridades calcadas na sustentabilidade, minimizando indiretamente o passivo ambiental já existente sem ampliá-lo, com apoio aos estudos - oficinas.
   Há importância em projeto que nesse berço, sinérgico de uma cultura regionalista, dê uma dimensão central à psicologia social e antropologia, além dos humanos cinco sentidos e, ao referenciar teses que viabilizem  antíteses, induza à abordagem universal - longe de um totalitarismo bairrista, portanto com expectativa de poder replicá-lo - mudança cultural demanda tempo.
   Exercícios humanizados, em tática saída do dilema de prevaricação em postura propositiva, dentro de um direcionar estratégico à prevenção, no cuidar de patrimônios coletivos - natureza e cultura caiçara, contributiva para cada segmento de atuação humana em possível vazio existente, todavia na expectativa de presumida deliberação positiva à ocupação de um Programa de Saúde Ambiental, mais especificada e idealizada e nessas teses na condição inalienável dele - autor do Projeto Arrastão Cultural, dentro de um também autoral Programa de Saúde Ambiental, em sua vertente lúdica, para assim suprir demanda de tal grupo nesse preceito: "levar poesia às ruas", agora direcionado à atuante postura, ampliada, até então internalizada.
   ...que o abraço de cada um, em seu par, aconteça em concha, nessa Semana da Cultura Caiçara. ...que tenha um sentido poético. ...que o caiçara - de antropomorfismo europeu, negro e indígena, seja testemunha de seu tempo. ...que o peixe partilhado, fisgado por coletiva alma, fique longe do iceberg da simples presunção, de outrem ou minha.

Verso e Crônica de Ricardo R. Roque, no link:

quarta-feira, 19 de fevereiro de 2014

Duas Semanas Após Fevereiro.


Estava pensando num sábado, pra você escolher,
quarto de cada mês, pra troca de um livro seu já lido ou,
no primeiro ou no terceiro, venda de capa artesanal,
contendo textos autorais, antes do "Chorinho no Aquário",
acompanhada de performance oral sua, mas à capela,
em apresentação cênica, nessa ou em forma de arte,
 
estava só pensando,
 
que você traga. ...com passeio de barco pra dois remarem,
ao final em trajes de banho, livre a quem participar,
um a um, com compartimento seco para objeto,
mediante senha intransferível. Pensando em fazer convite,
via Caiçara Catadora de Capa Artesanal, a
um evento pensado no Poesia à Rua, na praça aquário,

estava só pensando,
 
próximo à estátua do pescador, dezoito as dezenove horas
na Semana da Cultura Caiçara será melhor.
Imediatamente antes disso, as dezessete horas em ponto
diante do maior fluxo de público do Estado de
São Paulo - depois do zoológico, à porta desse Aquário
Municipal de Santos, pensando em distribuir uns haicais,

estava só pensando,

a quem sai dali, com banner postado em embarcação naval -
com rodas na calçada, mambembe desfraldar de frase: Dê
Mãos à Vida, Escutando a Natureza. Pegue uma poesia.
Ocupe o palco. Apoio: Caiçara Catadora de Capa
Artesanal. Estava pensando, pra alegria  trazer
àquele que só faz coisas pesadas pra alma ou vê tevê.

Estava só pensando...     

 

Cadê Iras nas Cadeiras em Cadeias?

 
Cadê iras impostas?
Na frase imperativa,
pensando em combinar,
exemplo dominante
molda ganhou-perdeu!
 
Cadeiras onde dorme
...manhã malandro fica,
se precisar corre,
trabalhador atrás
do pão-diabo-amassou.
 
Cadeia passa o  tempo
relógio que marca
tempo da minha vida
agora tic-tac
furtivo pulso alheio.
 

terça-feira, 11 de fevereiro de 2014

Raúl Fernando Mora Sandoval.


R umo
à
ú nica
l embrança.

F eliz
e nvolvimento
r ecebe,
n esse
a manhecer
n atural,
d ádiva
o ntológica.

M orada
o rvalhada
r eflete
a té
 
S eu
â mago...
n esse
d ia
o
v ejo
a lém
l imite.

Ana Yolanda Neumann Letelier.

A li
n avega
a madurecida...

Y
o ndula
l indamente,
a turdida
n ada,
d oce
a titude.

N utrí-la,
e xpondo
ú mida
m erenda,
a té
n otá-la
n atural.

L eve
e
t rôpega
e moção,
l ouvada
i niciação,
e xuberante
r eticência.

sábado, 8 de fevereiro de 2014

Meus Livros, Para Sua Leitura.

POÉTICOS:

 1) Cone Surreal (pulverizado nos demais livros - 2-5).

 2) Fortaleza da Barra Grande.

 3) Poesia à Rua.

 4) Caiçara em Haicai.

 5) Uma Chama Atlântica.

 6) ...da Mata Atlântica ao Neruda.

 7) Lincoln Roque Borges (apenas para familiares dele).

 8) Julio Charleaux Neumann Roque (apenas para os familiares dele).

CONTOS - predominantemente:

 9) Em Santos - Catando Guaru (estava pensando individualizar, Catando Guaru, cada capítulo em livro independente da Caiçara Catadora de Capa Artesanal).

À venda, mediante encomenda, facilitada - fevereiro/2014, por estar em férias.

 (e-mail: ricardorutiglianoroque@yahoo.com.br e
tel. (13) 9 8155-5544).

Grato. 

quinta-feira, 6 de fevereiro de 2014

Peixe Frito.

   Caso esteja um fenômeno, apenas em faixa do sudeste brasileiro, de maior proximidade com o Sol, será debitado nisso um aquecimento de sua água marinha, que chega por baixo, nunca antes sentido nos pés, do banhista, com visível mortandade de peixes, na tarde dessa 4ª. feira - 05 de fevereiro de 2014, na baía de Santos. Em contrapartida, à evaporação maior nesse sol escaldante, ausentes estão nuvens no céu - previsão de chuva só para sábado. Oceanos mais frios - Pacífico incluso, são os mais piscosos.
   A água mais profunda é a oceânica, onde denotado estará, corais sem perda de cor, passageira proximidade com nosso astro rei, se dito por algum mergulhador mais contumaz e observador.
   Aguarda-se.

 "Mar fica 3ºC mais quente no Sul e Sudeste' . 'Falta de nuvens levou ao hiperaquecimento das águas de superfície; cientistas avaliam risco de desequilíbrio ecológico.' 'Outra preocupação trazida pelo calor é a mortalidade de corais, que são centros importantes de alimentação de peixes. O branqueamento de corais, sintoma típico de sua deterioração, porém, ainda não foi verificado como consequência desta onda de calor, afirma Gonçalves' - 'Cláudio Gonçalves Tiago, biólogo do Centro de Biologia Marinha da USP, em São Sebastião." (FOLHA DE S.PAULO - Rafael Garcia, de São Paulo, p. C10, Ciência + Saúde, S.Paulo, 14 de fevereiro de 2014).

Crônica, de Ricardo R. Roque, no link:

domingo, 2 de fevereiro de 2014

Poesia à Rua - 430 anos da Fortaleza da Barra Grande.

   Magníficas remadas no mar, de quem por ti navega.

   Em poética postura, calada - impressa em banner e distribuídos haicais, inspirada na Fortaleza da Barra Grande, com presença em seu atracadouro - lado do Guarujá, e no deck do pescador - lado de Santos, pra onde se navega e aporta, em viagem ideal e real, transcendendo no tempo, em ode à conquista de seus canhões que a guarneceram, desde 430 anos - 24/01/1584.
   Nessa sexta-feira retrasada à tarde - 24/01/2014, das 17h as 19, foi - vide artigo anexo, publicado no jornal "A Tribuna", dado início à relembrança de uma tentativa, de domínio corsário, denotada por atentos caiçaras - vigia e mensageiro, desde o Morro do Vigia - atual Monte Serrat, agora substituído por pescador caiçara em seu deck, voltado à proteção de seu meio ambiente, por inteiro.
  ...ali basta, portanto, sua presença.

                                 "E pela vida, eterno navegante,
                                 em nenhum porto consegue atracar.'
                                 'Desnudamento" - Regina Alonso.

Ricardo Rutigliano Roque, autor e executor de pintura da sua edificação - 1991, no movimento escoteiro - atividade distrital, filme - desde essa época, e livro - 2013, também autorais seus. 

Crônica de Ricardo R. Roque, no link:
http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2014/02/poesia-rua-430-anos-da-fortaleza-da.html .


"Para o aniversário, poesia no Deck do Pescador hoje.’ ‘A maioria das pessoas admira a Fortaleza Santo Amaro da Barra Grande por sua história e arquitetura. No entanto, há quem a venere pelo lado poético. É o caso do médico Ricardo Rutigliano Roque.
 Hoje, das 17 às 19 horas, próximo ao Deck do Pescador, na Ponta da Praia, em Santos, ele promove uma singela e espontânea homenagem aos 430 anos da conquista dos canhões que guarneceram a Fortaleza.
 No entanto, o alvo da homenagem é o pescador. ‘A concepção da Fortaleza se deu em Santos, no Morro do Vigia (atual Monte Serrat). De lá, um caiçara avistou a presença da esquadra inglesa de Edward Fenton no cais e o outro caiçara, que fazia o papel de mensageiro, avisou a esquadra do almirante Diogo Flores Valdez. Hoje, vejo que o pescador representa o vigia caiçara. O sujeito da história é a pessoa e não o monumento e, por isso, vou reverenciar o pescador que avista a Fortaleza’, conta.
 No ato, Roque pretende remar de caiaque até a Fortaleza e voltar. Além disso, vai entregar haicais aos presentes. O haicai é um pequeno poema japonês constituído por dezessete sílabas poéticas, distribuídas em três versos com ou sem rima.”  ("A Tribuna" - jornal, p. A-8, 24 de janeiro de 2014 - Leonardo Costas - da redação).