quinta-feira, 31 de julho de 2014

Tema.


Devoração de peixe verso,
nesse momento cantas vós,
alquimia de vento quente. 

Jogas rede, mas salgas lá,
ao sol, quadripé de bambu,
me tragas num quase balaio. 

Em resto de peixe poema,
devoção em vossa boca,
lançado em brisamar só.

Tema - versos de Ricardo Rutigliano Roque, no link: http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com/2014/07/tema.html .

domingo, 27 de julho de 2014

Tesouro.

 
Corre-se o risco de outro querer -
justificadamente, fazer...
nisso cabe sua reflexão.
 
É pedagógico o momento
desse, ter, imóvel propriedade:
pelo peso ser igual cimento.
 
Assim como está é um castigo,
há retirada do sobrenome -
tornada sua posse um peso enorme.
 
É um choque de gestão da marca,
às gerações - passadas, presentes... ,
que premia-onera sem monarca.
 
Tal vertente harmônica estará,
quando só, ser, beneficiará,
ao estar respeitada, irmão. 

Tesouro - versos, de Ricardo Rutigliano Roque, no link: http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com/2014/07/tesouro.html .

quinta-feira, 24 de julho de 2014

Cheirosa.

fila de espera
em animado quintal -
pular fogueira

cheiro do botão - rosa,
com pétala desfeita,
espinha só minha alma
que escapa igual formiga,
contra corrente, à seiva
no verde da floresta,
ao balançar do caule 

presa no chão diverso,
em vento que  assobia -
passagem do animal,
em canto protegido,
do frio que me açoita,
mas junta no caminho -
enamorado beco 

numa só cavocada...
terra pra que te quero -
mandioca pra festa 

Cheirosa – versos, de Ricardo Rutigliano Roque, no link: http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2014/07/cheirosa.html .

segunda-feira, 14 de julho de 2014

Diálogo Caiçara com Saturnino de Brito - na mídia.


"Poesia. Ricardo Rutigliano Roque apresenta Diálogo Caiçara com Saturnino de Brito, hoje, às 16 horas, na Estátua do Pescador, perto do Aquário." (*)

Abraço poético para que você receba sim, mas, longe de compulsório, em consensual audição e leitura, do dizer inspirado, em ilustre aniversariante, nosso Saturnino de Brito. Parabéns por tamanha saudade deixada e, desde quando ausente, há 150 anos.
Ricardo Rutigliano Roque - seu grato curador (**).

*-** Livro homônimo ao evento, desse autor, para repercutir, assim, costumeiramente em pouco espaço, disponível pra diagramação, já previsto, tal registro - aqui em epígrafe, e lá ao final, no jornal "A Tribuna" - escrito, caderno Galeria - página D-2, Santos - S.P., em sua agenda cultural, com dedicadas seis linhas (somado o título em caixa alta com o texto) trazendo o nome do autor - livro, sugerindo o dizer ao vivo, sem a função de curador, e parcerias - avisadas de antemão dessa síntese.
Diálogo Caiçara com Saturnino de Brito -na mídia- crônica, no link: http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2014/07/dialogo-caicara-com-saturnino-de-brito_14.html .
Foto: Cida Micossi.

sábado, 12 de julho de 2014

Quarto Poder.

Sensível ao Quarto Poder. 

O cultivo de má vizinhança é,
preconizado nas transmissões da Copa
do Mundo no Brasil, o que trará o
Duque de Caxias, de volta, aqui?
General San Martin é nome de praça,
onde morou Pelé em Santos, em casa
projetada por arquiteto peruano. 

Na Argentina inspira gerações,
quiçá foi assim com Che Guevara novo,
o General San Martin – libertador
da América, como matéria escolar,
de bachiller... no dia de sua morte
há feriado nacional, ali em agosto.
A televisão daqui inspira a que? 

Aqui o Galvão Bueno bradava, a
palavra de ordem, "acelera Ayrton"
e deu no que deu, como a Sandra Annemberg
disse em todas, previsões de tempo, sextas
feiras em seu jornal, não gostar da chuva,
e o sistema Cantareira secou.
É guerra, ao país vizinho, apregoada. 

A morte do Ayrton Senna inspirava,
quando vivo, cabelos lisos ao vento?
Agora a chapinha no cabelo pede
tempo seco, e inspira má vontade,
da jornalista, na previsão de tempo
chuvoso, em seu jornal que é televisivo.
Argentina, o que vai dar essa empreitada? 

Simplismo compeliu à morte, em secura
e velocidade, quantos rios e jovens,
em ausente elogio ao bom atletismo
e à singela umidade pra conservar
a mata ciliar nas margens dos rios!
Adelante hermanos argentinos, que
Duque de Caxias e San Martin vivem!
 
 
 
   A televisão daqui, quarto poder, com seus baluartes, inspiram o que e quem? Na Argentina inspira novas gerações, quiçá foi assim com Che Guevara em tenra idade, o General San Martin - libertador da América, como matéria escolar de bachiller. No dia de sua morte há feriado nacional, ali, em 17 de agosto.
   O cultivo de má vizinhança, preconizado nas transmissões da Copa do Mundo no Brasil, o que trará - Duque de Caxias de volta? General San Martin é nome de praça onde morou Pelé em Santos, em casa projetada por arquiteto peruano.
   Aqui o Galvão Bueno bradava palavra de ordem: "acelera Ayrton", e deu no que deu; a Sandra Annemberg disse, em todas previsões de tempo de sexta-feira em seu jornal, que não gostava de chuva, e o sistema Cantareira secou; agora apregoam "guerra" ao país vizinho, Argentina, e vai saber, essa irresponsabilidade, no que vai dar.
   A morte do Ayrton inspirava, quando vivo, cabelos lisos ao vento? Depois as chapinhas no cabelo pediam tempo seco, e inspirou uma má vontade, da jornalista, na previsão de tempo chuvoso, em seu jornal televisivo? Tal simplismo compeliu à morte, em velocidade e secura, quantos jovens e quantos rios, em ausente elogio ao singelo atletismo e à umidade, pra consequente conservação da saúde e da mata ciliar nas margens de seus rios.
   Sinto muito.
   Avante! Hermanos argentinos! 

Versos e crônica de Ricardo Rutigliano Roque, no link: http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2014/07/quarto-poder.html .

terça-feira, 8 de julho de 2014

Ponderações em Mar Selvagem.

   "As palavras faladas são a música adormecida' e 'as palavras escritas são a música congelada" - Marcelo Ariel.
   Ser "moleque" virou ato rebelde e heroico, onde cada vez mais estiver difícil ser criança, mas simplismo seria desserviço ao estigmatizar-se, na vida adulta - todavia impúbere na consciência.
   O jogo de bola de rua - onde tinha areia, transferido à praia até agora, também é invadida por automóveis, após as 18h., o que provoca disfunção em espaço lúdico, no fechar noturno de seus Postos de Salvamento.
   Um "não lugar" estará reconquistado, tal e qual a rua simbolicamente "deixada" aos dejetos de cães - paradigma a ser mudado, a partir dos jardins da praia, nessa perspectiva.
   Não subestimar, um novo olhar, será resistir em esquinas por onde se caminhe, nesse despontar de defesa, em concretude citadina, porém em imaterial dimensão cultural, caiçara, além de sua pesca, já saboreada e também, nesse evento por sensibilizados em alma cosmopolita.
   O evento dessa proposta, poderá acontecer em sinergia com coletivo ampliado - período pós Copa do Mundo no Brasil, mas com conteúdo comunitário - respeito à diversidade cultural de cada poeta e memorialista, em direção à arte caiçara.
   Fomenta aqui um diálogo com o coletivo, que impacte o ambiente e que agrave a saúde, com um ator social que proponha um programa preventivo de respectivos agravos e impactos, num fórum permanente de prioridades calcadas na sustentabilidade, minimizando indiretamente o passivo ambiental já existente sem ampliá-lo, com apoio aos estudos - oficinas, eventos e livros.
   Há importância em projeto que nesse berço, sinérgico de uma cultura regionalista, dê uma dimensão central à psicologia social e antropologia, além dos humanos cinco sentidos e, ao referenciar teses que viabilizem  antíteses, induza à abordagem universal - longe de um totalitarismo bairrista, portanto com expectativa de poder replicá-lo - mudança cultural demanda tempo.
   Exercícios humanizados, em tática saída do dilema de prevaricação - interface com o poder público, em postura propositiva compartilhada com a sociedade civil, dentro de um direcionar estratégico à prevenção, no cuidar de patrimônios coletivos - natureza e cultura caiçara, contributiva para cada segmento de atuação humana em possível vazio existente, todavia na expectativa de presumida deliberação positiva à ocupação de Saúde Ambiental, mais especifica  e idealizada nessas teses, na condição inalienável desse autor, evento e livro - Diálogo Caiçara com Saturnino de Brito, Projeto Arrastão Cultural - em oficina de projetos culturais na Pinacoteca Benedicto Calixto,  e também em autoral Programa de Saúde Ambiental & Contradita Histórica e Ecológica, em sua vertente lúdica, para assim suprir demanda do IHGS - Instituto Histórico e Geográfico de Santos, dentro desse preceito: "levar poesia às ruas", agora direcionado à atuante postura, ampliada, até então internalizada - Sociedade dos Poetas Vivos, em Santos.
   Essas demandas e vivências são alicerces da proposta - laica, aconfessional, apartidária, mas inclusiva das vertentes caiçaras - afro, indígena e europeia. 

domingo, 6 de julho de 2014

Diálogo Caiçara com Saturnino de Brito - 150 anos, evento e livro.




   Saturnino de Brito - 150 anos. O IHGS - Instituto Histórico e Geográfico de Santos, e o PSA & CHE - Programa de Saúde Ambiental & Contradita Histórica e Ecológica, convidam para audição e leitura. Na 2ª. feira - 14 de julho, as 16h. Um dia após a final da Copa do Mundo no Brasil. Evento ao vivo (grátis) com dizeres poéticos espontâneos (combinados com o curador), e desde livro artesanal - mediante encomenda (R$25,00).
   É o Diálogo Caiçara com Saturnino de Brito - ao ar livre, faça sol ou chuva (vide abaixo *), na Ponta da Praia. Acontece na estátua do pescador caiçara - se ensolarado. Fica na praça Luiz La'Scala - do Aquário Municipal de Santos.
   Acontece concomitante à pescaria, cultural, sua.
   Grato.
Ricardo Rutigliano Roque - seu autor, curador, editor, artesão, poeta e coprodutor.
 
* Se chuvoso: sob o telheiro de saída do Aquário Municipal de Santos, ou em seu auditório - se chuvoso, mas aberto à visitação.