sábado, 28 de junho de 2014

Charleaux - em memória.


Canta compartilha
hoje hino
até antecipa,
resgata rua
luz, louva,
emana, emoldura
anterior à
ulterior unidade,
xamã xavante -

brincante Charleaux

árvore verde -
sombreado chão
uma folha amarelada


na infância a brincadeira acontece:
ninguém se amola,
o brinquedo é sorridente e
o brincante se apetece


na adolescência o brincante extrapola,
fica e namora:
é mambembe como uma bola


o adulto necessita de segredo:
é cúmplice a olhos vistos,
em olhares que o engrandeça
e evitem seu degredo


Cativa colheita -
hombridade hermosa,
ainda acolhedora,
retidão reina
lida livre,
embaixador emudece,
àquele adianta
um ultimato -
xô xadrez...


Roque & Baraquet - música,
Brincante Charleaux: 
https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/brincante-charleaux ,
Ricardo Rutigliano Roque - dizeres,

Charleaux em Memória: http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2014/06/charleaux-em-memoria.html .

Chatice sem Você e Festa Junina.

Chatice sem Você.

Magnânima é a arte
quando ilumina nossa parte...


você encontra seu limite e
se coloca pra brincar bem,
onde déspota se mantém
com domínio ferrenho, só
joguete, da necessidade
que mais pertence ao ser humano


...que acolhe mais que exclui
num abraço que assim imbui...


treinada com crianças grandes
com generosa poesia
no encontro de gente que chia
impõe sua experiência sábia
e repete o laboratório
da realidade que melhora


...com estalos onde enlace,
beijos em toda nossa face.


Musicados versos - https://soundcloud.com/user109475440ricardoroque/chatice-sem-voce
 

Festa Junina. 

Quem prendeu foi o rival metido  -
tentativa de se apoderar,
longe assim de tentar conquistá-la,
impõe solução com pressa de
passar rasteira com perna alheia.

O fogo passado só não traz
calor renovado pra sua festa -
queima a madeira de sua árvore,
não certificada pelo afeto,
apenas compete, o que invalida.

Pular fogueira e comer batata
queima energia e mantém cultura
prender o noivo, mas sem a noiva
só padrinho irá soltar pra logo

cumplicidade se perpetuar.
 

quarta-feira, 18 de junho de 2014

Ponte Pênsil de Saturnino de Brito.


frio anuncia
regada em meu jardim -
época seca

 Enquanto o dedo indicador aponta,
as causas vistas, o dono da mão
estertora não cruel, elegante
gesto, nesse aniversário seu de
150 anos, de domínio
público - não anacrônico, mas
também sem deixar de enxergar seus dedos,
mínimo, anular e médio, que apontam
para todos um caminho, não cego -
ida e volta da ilha ao continente.
 
jardim de casa
empresta perfume à Camélia -
minha alva flor presente

 
 
Versos de Ricardo Rutigliano Roque, no link:

sábado, 14 de junho de 2014

Camélia e Época Seca.


jardim de casa
empresta perfume à Camélia -
meu presente cor de rosa 

frio anuncia
regada em meu jardim -
época seca 

Haicais de Ricardo Rutigliano Roque, no link:

segunda-feira, 2 de junho de 2014

Mitômano do Progresso derruba Saturnino de Brito.

 Bizarro ver rato esguichado,
bueiro da calçada afora,
força da maré, compressão
dos canais fechados - vulcão.
Ausente estacionar tão próprio
agora esse querer bem público,
ao cimentar belos canais
com o seu nariz de Pinóquio...
Num presente destombamento
percebe ideia, à cavaleiro:
identidade - nem meieiro,
tornar santista amedrontado.
Pra urbana mobilidade
ausente faixa rolamento,
na nossa avenida da praia -
ali seu estacionamento.
Abrir mão da dignidade -
queriam meter sem brilho,
no meio dos jardins da praia -
falo em forma de monotrilho.
Agora querem cloacão -
pra clandestina ligação
continue a desaguar,
e assim fique perpetuado.
Onde ninguém possa ver nada,
nos belos canais Saturnino
de Brito cobertos sem ética
traz a feiura encastelada.
Ao destombar bens coletivos,
pra singelo uso infantil
bicicleta e escorrega,
em meio à fumaça do vil.
Querer, mal disfarçado, quebra
a estação sorocabana,
pra beneficiar quem mais
brinca - aquele mais bacana.
O vereador - proponente,
com tal proposta é semente,
de jogo com carta marcada...
com a palavra: os eleitores.
Complexo de barbie faz
acontecer o nada, em
próstata cimento, por sobre
 os seus canais, Santos, asfalto!

 Sêmen a alaga, pra lá
correrem espermatozoides -
automóveis impacientes,
claudica uretra ligação.

Em você lebistes peixinhos
comem a larva de mosquito -
vereador não desfizer,
anatomia que é tombada.

Canal referência daqui -
nossa Santos, não é você -
mitômano da forma, não,
o conteúdo é de todos.
Versos de Ricardo Rutigliano Roque, no link: