O candango construiu Estado e deu costas à
nação - familiares, agora o médico cubano constrói nação de meus familiares,
mas coloca seu colega médico brasileiro, com dedicação exclusiva no serviço
público, de costas ao Estado do Brasil sem carreira nacional pra ele, enquanto
lá - Cuba, ele dispõe de carreira de Estado - cubano, mas enfraquece esse
pleito de seu colega brasileiro, ao se instrumentalizar pro governo de plantão!
Sinto muito.
O médico Juscelino Kubistchek também apoiou
a contratação do candango, então politicamente está bem acompanhado o médico
cubano, mas ele seria candango se brasileiro fosse - sem carreira de Estado,
longe de sua família e sem condições de mobilidade pra sua terra natal. O
candango voava em queda livre dos prédios em construção em Brasília e sem
companhia de seus familiares era enterrado de forma velada após manifestação,
por dignidade, confrontada com a polícia - "Candango Voador", em
filme documentarista.
A família é tratada como nação restante da
história, como nos livros oficiais, onde nem é citada - segunda classe? Sinto
muito, também, essa dificuldade de colocar-se no lugar do outro - médico daqui,
em ausência de carreira de Estado. Um médico carioca em Anicuns - GO, ia de
motocicleta até o Rio de Janeiro quando dava saudades. O tempo de heroísmo é pros
outros... e pra si?
Crônica de Ricardo Rutigliano Roque, no link:
http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2013/08/de-motocicleta.html