sábado, 24 de agosto de 2013

Lonjura de Pequena História em Sentimento de Descer.

.

"É tudo meu, no armazém de brumas?" – Rui Ribeiro Couto.

Senti um cimentério
crescer sem mesmo ver,
ausentes raios sol
brumas sobre meu mar.

Na praia da Biquinha
índio aprendeu a ler.

Bela Vista encantada
com menino Fogaça.

Ali na Milionários
pequeno vi beijar.

Suas altas moradas,
fincadas nas areias,
fazem uma cortina
nas manhãs de seus dias.

Grata onda Itararé,
ao pular de sua pedra.

José Menino criança
ali adolesci.

Jogando na Pompeia
entre pernas bati.
 

Estacas abortivas
em buracos escuros
onde sem extinguir
não corrupto estarei.

Gonzaga com cigarro
rebeldia fumaça.

Na Boqueirão abri
mucosa sua boca.

Na Embaré deu um medo
de pisar em seu caco.

Eu tento aproximar,
são nossos continentes,
um conteúdo inclina
mas o outro se estende.

Saudade Aparecida
bateu daquela idade.

Meu olhar desce,
nefastas sombras cobrem.

Recompus Ponta Praia -
do degrau mirei.

Autor: Ricardo Rutigliano Roque, no link (*): http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2013/08/lonjura-de-pequena-historia-em.html .
* Compilados e editados, desde antigos links ¹-²:

¹ http://rutiglianoroque3.zip.net/arch2009-03-15_2009-03-21.html#2009_03-21_15_45_28-121995562-0 ;

² http://rutiglianoroque3.zip.net/arch2012-02-19_2012-02-25.html#2012_02-20_10_38_53-121995562-0 .

Nenhum comentário:

Postar um comentário