quinta-feira, 28 de agosto de 2014

Matador de Aluguel .

 
espera clarear
o chão forrado de folhas -
noite alongada

 
Inocente protagonista, em seu quarto,
coadjuvante é expectador pra tevê,
platônica postura é induzida
com luzes na pele que escondem, no exterior,
a infância que lhe é roubada
relegando curiosidade ao marketing,
colhe emoção, sem sentimento, sem enxergar.

um arrepio
inesperadamente -
vento cortante


Caótico pensar, assim permanece
seduzido por simbólico fascismo
sem defesa crítica mais valiosa
na mente colonizada por falsa inocência
que permanece imposta
com realidade inventada insonsa
pra terra cheia de buraco só negro.

ao nascer da manhã
um trinar mata adentro -
pintassilgo a voar

 
Matador de Aluguel - versos, de Ricardo Rutigliano Roque, no link: http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2014/08/matador-de-aluguel.html .

Nenhum comentário:

Postar um comentário