sexta-feira, 26 de setembro de 2014

Reflexo.


Sente, o empobrecido migrante, sua cor favorita,
ao arranjar uns trocados, pra retocar a tinta,
na venda da tecitura de seu mar natal, se
deixadas duas lágrimas, misturadas, às ondas.

Compartilha trabalho, alquimia do desejo...
lamber de focinhos -
a matilha presente à vida
no calor do nascimento.

O poeta é, na avidez dos olhos, o pintor...
cegos, por perdida areia prateada, agem sós.
Caminham há anos, para ali estarem, mas
tornadas continente as inquitetudes ilhadas.
 
Reflexo - versos, de Ricardo Rutigliano Roque, no link: 
http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2014/09/reflexo.html.

Nenhum comentário:

Postar um comentário