É no ínfimo que eu vejo a exuberância – Manoel de Barros, em Livro sobre Nada.
- Encimo cachimbo, tal qual minha fábrica a chaminé!
- Ambas nuvens de fumaça o encobre!
- Mão jogadora só a sua aparece!
- Minha garrafa a reflete?
- O vidro convexo a expõe.
- Você antecipa meu descarte?
- Prefiro sorver seu conteúdo, servido em taças!
- A cor de vinho tinto é a do meu sangue.
- Flui para se saborear.
- O que cai ao chão é o que resta aos meus!
- Minha cartola me protege, sua avistada mortalha.
- Meu chapéu claro o ilumina.
- Avisto do alto de minha ereta coluna.
- Já a minha sinto curvada.
- Ninguém nos olha!
- Meu abandono o protege.
- Sua exuberância capitula sob meu jugo!
- Seu jugo é meu jogo.
- Se eu julgo, você joga?
- Obedeço!
Os Jogadores de Cartas, de Paul Cézanne, serve de argumento a esse conto - https://g.co/kgs/tqochp .
Nenhum comentário:
Postar um comentário