terça-feira, 27 de janeiro de 2015

À Margem do Rio.


Mangue a filtrar o orgânico, afinal,
minha natureza fica, no rio caudal.
Não há água escapulida – só chuva em ti,
se nega a assorear - sem enchente, embebido...
então me aninha, tão embalado sonho-te.
Moro aí, enriquecido, em seu fluído.


Chuva instilada da margem do rio
é água de beber, igual àquela
que corre desde a nascente – origem.
Ensinar a existência do rio
com apenas uma nascente - em!?
Só brotar inicial, é mentira
à jusante - ideia assemelhada
a um cano fechado, sem o gota
à gota - verdadeira instilação,
que recebe também de suas margens.

A exasperação vem projetada

no rio, de uma incorreção, por uma
repetição automática... Há
cultura oral - perpetuada sem
pedagogia. Omitida escola:
seu renascer acontece, em todo
trajeto, denotado pela mata
ciliar, em suas margens, retém
e libera água da chuva aos poucos,
na estiagem, que não incomoda.

Mangue a filtrar o orgânico, afinal,
minha natureza fica, no rio caudal.
Não há água escapulida – só chuva em ti,
se nega a assorear - sem enchente, embebido...
então me aninha, tão embalado sonho-te.
Moro aí, enriquecido, em seu fluído.



À Margem do Rio – versos, de Ricardo Rutigliano Roque, no link: http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2015/01/chuva-instiladada-margem-do-rio-e-agua.html .

Nenhum comentário:

Postar um comentário