Um caiçara olha o mar. O horizonte é olhado, desde remoto tempo, pelo caiçara. Ele está sobre a ponta do penhasco, tentando avistar o pássaro, que mergulhará na água, pra saciar sua fome com o cardume. O vir-a-ser do mergulhão é o cardume - peixe a ser partilhado.
O filho do caiçara o avista, desde a praia. As ondas estão brancas de espuma, mas há correnteza que a diminui. O Sol está com seus raios oblíquos, projetando uma sombra rasteira e preguiçosa. Um passarinho às suas costas, voa, livre e solto, com gravetos no bico, pra fazer o seu ninho.
- ...mar me ajude, pra com riqueza cruzar e o meu rumo mude, prum horizonte mirar.
O sinal deixa de ser dado, na ausência de cardume, pro seu par à espera na canoa, que só aguarda pra sair à pesca.
Fica a canoa, à beira da praia, pro dia seguinte.
O filho do caiçara o avista, desde a praia. As ondas estão brancas de espuma, mas há correnteza que a diminui. O Sol está com seus raios oblíquos, projetando uma sombra rasteira e preguiçosa. Um passarinho às suas costas, voa, livre e solto, com gravetos no bico, pra fazer o seu ninho.
cochilo na praia -
entre dueto de trinados
me espreguiço
A tarde cai e o caiçara resmunga uma canção, que ninguém ouve.entre dueto de trinados
me espreguiço
- ...mar me ajude, pra com riqueza cruzar e o meu rumo mude, prum horizonte mirar.
O sinal deixa de ser dado, na ausência de cardume, pro seu par à espera na canoa, que só aguarda pra sair à pesca.
Fica a canoa, à beira da praia, pro dia seguinte.
Diálogo Caiçara Navega - conto, de Ricardo Rutigliano Roque - http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2014/10/dialogo-caicara-navega.html .
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