As areias da praia ensinam
o homem a usar o seu tempo -
espaço comum, hierarquia,
mesmo o despossuído caminha
ali com igual direito, seu
semelhante e igual
não é
redundante, apenas no asfalto –
um não lugar, diferente dágua,
onde reaprende-se falsa leveza,
com jet ski, muito contundente.
O moleque sabe que uma pedra -
é leve ao sair da atiradeira,
nem assim destina-a à cabeça
de um ser humano - natural,
mente cruel, não em sua essência.
Como todos nós, não passarinhos,
pedra sempre será uma pedra:
cronicamente inviável - ou não,
como os moleques, no fascismo
da desinteligência: se lei
for criada apenas para dar
vazão aos instintos primitivos,
travestindo as pessoas com viés -
uso fascista, aprisionará...
seu tempo virará um só peso.
Autor: Ricardo Rutigliano Roque, no link: http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2013/09/as-areias-da-praia-invocam-plano-diretor.html .
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