domingo, 24 de agosto de 2014

No Gonzaga, Meu Contexto.

 
No Gonzaga, Meu Contexto - versos.

pulsa enquanto tenta adormecer
mesmo com sobrevoo da aeronave
que só faz barulho...

será enxergada a formiga oprimida


as igrejas estão todas fechadas
a gente caminha ao redor da essência
mesmo que olhada já dentro de si
pro olhar coletivo está trancada


é noite... morro do vigia está majestoso
o hoje Monte Serrat sobre nossas cabeças
já tremula a bandeira
da territorial pátria


enquanto os símbolos estão só quietos,
sem palavra no obstado altar,
quebra o funicular na outra face
onde brada o homem só, no local


fraca é a brisa marinha
que para na barreira de concreto,
a única voz não ouvida, só escutada,
soou do carro na disputa fria


fração de segundo entre o fechar e abrir
à passagem humana que se impõe,
a cidade não é do carro,
não é minha e sim contexto


as árvores tem musgos
nos quatro quadrantes
onde ausentes estão os raios de sol...
a Era dá aroma na parede incólume ao vento


No Gonzaga, Meu Contexto - conto.
 
 Quatro igrejas aqui - Universal, Perfect Liberty, São José e outra. Há quatro sinagogas onde estive, mais cedo.
 - As igrejas estão fechadas?
 Todos caminham ao redor de sua essência, mesmo que olhada dentro de si, já que pro olhar coletivo estão de porta trancada... é noite.
 O morro do vigia está majestoso, hoje Monte Serrat, sobre nossas cabeças, onde tremula a conquista da territorial pátria. Enquanto os símbolos estão quietos - sem palavra oral, com o altar obstaculizado e o funicular sobre a outra face - onde reside o homem local.
 As árvores tem musgos nos quatro quadrantes onde ausentes estão os raios de sol. A Era tenta aromatizar a parede, incólume, ao vento fraco da brisa marinha que parou na barreira de concreto.
 A única voz não ouvida - só escutada, soou do carro, na disputa, por fração de segundo, entre o fechar e abrir à passagem, humana que se impõe: a cidade não é do carro.
 Não é minha cidade, apenas é meu contexto. Pulsa, enquanto tenta adormecer, mesmo com sobrevoo da aeronave que só faz barulho, pra mim. Será que enxerga, a formiga, que oprimida caminha?!
 
No Gonzaga, Meu Contexto - versos e conto, de Ricardo Rutigliano Roque, no link: http://ricardorutiglianoroque.blogspot.com.br/2014/08/no-gonzaga-meu-contexto.html .

Nenhum comentário:

Postar um comentário