terça-feira, 8 de julho de 2014

Ponderações em Mar Selvagem.

   "As palavras faladas são a música adormecida' e 'as palavras escritas são a música congelada" - Marcelo Ariel.
   Ser "moleque" virou ato rebelde e heroico, onde cada vez mais estiver difícil ser criança, mas simplismo seria desserviço ao estigmatizar-se, na vida adulta - todavia impúbere na consciência.
   O jogo de bola de rua - onde tinha areia, transferido à praia até agora, também é invadida por automóveis, após as 18h., o que provoca disfunção em espaço lúdico, no fechar noturno de seus Postos de Salvamento.
   Um "não lugar" estará reconquistado, tal e qual a rua simbolicamente "deixada" aos dejetos de cães - paradigma a ser mudado, a partir dos jardins da praia, nessa perspectiva.
   Não subestimar, um novo olhar, será resistir em esquinas por onde se caminhe, nesse despontar de defesa, em concretude citadina, porém em imaterial dimensão cultural, caiçara, além de sua pesca, já saboreada e também, nesse evento por sensibilizados em alma cosmopolita.
   O evento dessa proposta, poderá acontecer em sinergia com coletivo ampliado - período pós Copa do Mundo no Brasil, mas com conteúdo comunitário - respeito à diversidade cultural de cada poeta e memorialista, em direção à arte caiçara.
   Fomenta aqui um diálogo com o coletivo, que impacte o ambiente e que agrave a saúde, com um ator social que proponha um programa preventivo de respectivos agravos e impactos, num fórum permanente de prioridades calcadas na sustentabilidade, minimizando indiretamente o passivo ambiental já existente sem ampliá-lo, com apoio aos estudos - oficinas, eventos e livros.
   Há importância em projeto que nesse berço, sinérgico de uma cultura regionalista, dê uma dimensão central à psicologia social e antropologia, além dos humanos cinco sentidos e, ao referenciar teses que viabilizem  antíteses, induza à abordagem universal - longe de um totalitarismo bairrista, portanto com expectativa de poder replicá-lo - mudança cultural demanda tempo.
   Exercícios humanizados, em tática saída do dilema de prevaricação - interface com o poder público, em postura propositiva compartilhada com a sociedade civil, dentro de um direcionar estratégico à prevenção, no cuidar de patrimônios coletivos - natureza e cultura caiçara, contributiva para cada segmento de atuação humana em possível vazio existente, todavia na expectativa de presumida deliberação positiva à ocupação de Saúde Ambiental, mais especifica  e idealizada nessas teses, na condição inalienável desse autor, evento e livro - Diálogo Caiçara com Saturnino de Brito, Projeto Arrastão Cultural - em oficina de projetos culturais na Pinacoteca Benedicto Calixto,  e também em autoral Programa de Saúde Ambiental & Contradita Histórica e Ecológica, em sua vertente lúdica, para assim suprir demanda do IHGS - Instituto Histórico e Geográfico de Santos, dentro desse preceito: "levar poesia às ruas", agora direcionado à atuante postura, ampliada, até então internalizada - Sociedade dos Poetas Vivos, em Santos.
   Essas demandas e vivências são alicerces da proposta - laica, aconfessional, apartidária, mas inclusiva das vertentes caiçaras - afro, indígena e europeia. 

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